Recuperação Ambiental

Durante mais de 50 anos o Lavador de Carvão de Capivari, subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional, lançava nas bacias as águas da lavação do carvão. Eram tempos em que não havia preocupação com o meio ambiente. Hoje, com uma legislação rigorosa e com a participação dos órgãos ambientais e ministério público, iniciou-se a recuperação destas bacias de finos que estão localizadas as margens da BR 101, junto ao principal acesso de nosso município. O carvão fino ali depositado é de excelente qualidade, alto poder calorífico, e baixo teor de cinza, mas com enorme dificuldade de ser aproveitado para queima nas caldeiras da Tractebel. O carvão que vem das minas e alimenta os silos é armazenado a granel e a presença dos finos nesta etapa gerava incrustação nas paredes dos silos inviabilizando o seu uso. Para que o carvão fosse aproveitado fez-se necessário fazer um processo de extrusão para que o fino seja pelotizado, e aí sim aproveitado. Desenvolvida esta tecnologia, este carvão passou a ser aceito para queima. Teve inicio então a recuperação ambiental deste passivo gerado pela CSN. Segundo o Engenheiro Marcílio Zanella e o Técnico Joel de Andrade, são parceiros neste processo de recuperação ambiental as Empresas CSN, Rio Deserto, Metropolitana e a GR. São 67 hectares, cobertos com aproximadamente 6 metros de profundidade de carvão fino e que tem a espectativa de recuperação total até o ano de 2014. Este processo iniciou-se em 2001 com uma retirada aproximada de 15 mil toneladas de finos mensal. Retirado o carvão, se faz a reposição com as cinzas pesadas, da queima das caldeiras do complexo Jorge Lacerda, e posteriormente faz-se a cobertura com uma camada de argila . A recuperação é completa quando semeada a braquiária, ela brota com intensidade. Hoje temos a satisfação de ver em uma destas bacias, gado nelore pastando, onde havia a mancha negra do carvão. Muito ainda há que ser feito para recuperarmos o que destruímos inconseqüentemente no passado mas, estamos avançando.