Dia do Professor: 27 anos de magistério, amor e desafios da sala de aula

Quem procura a Secretaria Municipal da Educação, na Prefeitura de Capivari de Baixo, obrigatoriamente vai ficar frente a frente com a Soninha, apelido carinhoso que os colegas deram à Sônia Regina Gonçalves Cardoso, recepcionista da Secretaria. E invariavelmente vai ser atendido por ela com um sorriso largo, uma de suas características marcantes no trato com o público.

 

Mas nem sempre foi assim: Soninha é professora de carreira desde 1995 do pré-escolar, portanto, tem 27 anos de magistério, passou por duas internações devido à depressão. “Aquele ambiente de sala de aula começou a me fazer mal. Passei a tomar remédios por conta, a me isolar, nem mais na sala dos professores eu ia durante o intervalo. Aí eu percebi que precisava de ajuda médica”, recorda.

 

Depois de três anos afastada, foi reabilitada pelo médico, o que a permitiu voltar a trabalhar, agora como recepcionista. Está feliz assim. “Retornar a conviver com as pessoas e fazer atividades profissionais me faz bem. E é uma recomendação do meu médico, inclusive”, diz.

 

Soninha faz parte de um contingente de 434 professores, efetivos e contratados em caráter temporário, lotados na Secretaria da Educação, e que, neste sábado (15), comemoram o transcurso do seu dia: O Dia do Professor. Ontem (13), todos os profissionais receberam uma agenda da Secretaria da Educação, uma lembrança singela entregue em mãos pelo corpo administrativo da Pasta e pela secretária de educação e vice-prefeita, Márcia Roberg Cargnin.

 

História

A homenagem aos professores foi estabelecida em 1963, durante o governo João Goulart. A data é celebrada em 15 de outubro em referência a Dom Pedro I, que, no dia 15 de outubro de 1827, emitiu uma lei sobre o Ensino Elementar. No que se refere ao desenvolvimento da educação no Brasil, essa lei foi considerada um passo muito importante porque tratou dos objetos de estudo dos alunos, definiu que todas as cidades do Brasil deveriam ter Escolas de Primeiras Letras (Ensino Fundamental), e até estipulou o salário dos professores. (fonte: brasilescola.uol.com.br).

 

No entanto, muito antes de João Goulart decretar a data em 1963, uma catarinense que já era destaque por sua atuação já despontava por aqui. Primeira deputada negra do Brasil, a professora e jornalista catarinense Antonieta de Barros foi autora de uma das primeiras leis no Brasil a instituir o 15 de outubro como Dia do Professor.  A lei, homologada pelo governador José Boabaid, foi publicada em 1948, portanto 15 anos antes de a data ser reconhecida nacionalmente. “Não há quem não reconheça, à luz da civilização, o inestimável serviço do professor”, justificou Antonieta de Barros à época. (Fonte: https://g1.globo.com/sc).