Oi, sou o Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, você quer me conhecer?
O Brasil vem se tornando um exemplo no combate a um dos crimes de maior repugnação social do Código Penal, a exploração sexual de crianças e adolescentes. Nesta quarta-feira (18), é lembrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Para que o país siga crescendo na luta contra este tipo de atrocidade, é preciso que haja boas políticas públicas que confrontam e punam, cada vez com mais rigor, os pedófilos, assim como o amplo conhecimento e debate da temática nas escolas, universidades, nas casas ou outros grupos comunitários.
Em Capivari de Baixo, com a união de forças (Prefeitura, Conselho Tutelar, Câmara de Vereadores, Judiciário, Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Militar, Guarda Municipal, escolas, Apae e Ceaca) é possível reduzir a quantidade desses crimes violentos.
São várias as possíveis formas de atuar diretamente neste combate, como a implantação da Escuta Especializada, uma ação em curso pela Secretaria de Desenvolvimento Social, em parceria com a Secretaria da Educação; e o Semáforo do Toque, que é uma maneira de ensinar, principalmente às crianças, onde ela pode e não ser tocada de acordo com o semáforo do dia a dia. Nos locais verde significa que pode ser tocada, no amarelo precisa ter atenção e no vermelho está proibido o toque.
Na cidade termelétrica, este trabalho é coordenado pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). “Nossa intenção é destacar a data para mobilizar, sensibilizar, informar e convocar a população a participar da luta em defesa dos direitos de crianças e adolescentes”, alerta o secretário da Pasta, Valtemir Aguiar Feliciano, o Temica.
A coordenadora do Creas e psicóloga Saray Battistella informa que neste ano, devido às recentes ações de auxílio às famílias atingidas pela grande enchente deste mês, a campanha sobre a data nesta temporada ficou mais enxuta. “Decidimos envolver diretamente os órgãos de defesa das crianças e adolescentes e algumas autoridades do município. Todos têm seu papel e importância no combate a este tipo de crime”, envolve a profissional.
Faça Bonito
Nesta terça-feira (17), a ‘Campanha Faça Bonito’ contou com a participação e vozes do prefeito, Dr. Vicente Corrêa Costa, da vice-prefeita, Márcia Roberg Cargnin, do promotor público, Dr. Guilherme Back Locks, do delegado titular da Polícia Civil, Dr. Vandilson Moreira da Silva, e do primeiro-tenente da Polícia Militar, Eduardo Bronchtein. Todos vestiram a camiseta com o símbolo nacional da campanha. Em 2022, o ‘Faça Bonito’ completa 22 anos de histórias.
Objetivo
Sensibilizar, informar, mobilizar e convidar toda sociedade a participar da luta em defesa dos direitos da criança e do adolescente. Este o foco da campanha.
Curiosidade
O símbolo da campanha é uma flor amarela, que remete à infância e à fragilidade de uma criança, que precisa ser cuidada e protegida. O dia 18 de Maio, instituído pela Lei Federal 9.970/00, é uma conquista que demarca a luta pelos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes no território brasileiro e que já alcançou muitos municípios do país. “Faça bonito, proteja nossas crianças e adolescentes”.
Araceli
O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi escolhido em memória do “Caso Araceli”, um crime que chocou o país na época. Araceli Crespo era uma menina de apenas 8 anos, que foi violada e violentamente assassinada em Vitória, capital do Espírito Santo, no dia 18 de maio de 1973.
Denuncie!
Existem várias maneiras para delatar os agressores, uma delas é o contato direto com o Creas por meio do telefone (48) 3623-5981, das 8 às 16h, de segunda a sexta-feira, ou em qualquer dia ou hora nos telefones 190 (Polícia Militar-PM) ou 181 (Polícia Civil).
Serviços no Creas
Propiciar acolhida e escuta qualificada, visando, dentre outros aspectos:
• Ao fortalecimento da função protetiva da família;
• À interrupção de padrões de relacionamento familiares e comunitários com violação de direitos;
• À potencialização dos recursos para a superação da situação vivenciada e reconstrução de relacionamentos familiares, comunitários e com o contexto social, ou construção de novas referências, quando for o caso;
• Ao acesso das famílias e indivíduos a direitos socioassistenciais e à rede de proteção social;
• Ao exercício do protagonismo e da participação social e;
• À prevenção de agravamentos e da institucionalização.
Principais ações realizadas no Creas
Acolhida; escuta; estudo social; diagnóstico socioeconômico; monitoramento e avaliação do serviço; orientação e encaminhamentos para a rede de serviços locais; construção de plano individual e/ou familiar de atendimento; orientação sociofamiliar; atendimento psicossocial; orientação jurídico-social; referência e contrarreferência; informação, comunicação e defesa de direitos; apoio à família na sua função protetiva; acesso à documentação pessoal; mobilização, identificação da família extensa ou ampliada; articulação da rede de serviços socioassistenciais; articulação com os serviços de outras políticas públicas setoriais; articulação interinstitucional com os demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos; mobilização para o exercício da cidadania; trabalho interdisciplinar; cadastramento das organizações e dos serviços socioassistenciais; elaboração de relatórios e/ou prontuários; estímulo ao convívio familiar, grupal e social; mobilização e fortalecimento do convívio e de redes sociais de apoio; produção de orientações técnicas e materiais informativos; organização de banco de dados e informações sobre o serviço, sobre organizações governamentais e não-governamentais e sobre o Sistema de Garantia de Direitos.