Dia histórico: Prefeitura oficializa 1º lar temporário em Capivari de Baixo

A Prefeitura de Capivari de Baixo, por meio da Secretaria de Assistência Social e da Família, teve mais uma grande conquista neste ano. Na manhã desta quarta-feira (22), foi oficializado o lar temporário de uma adolescente de 15 anos, que até dois dias atrás morava no Abrigo Institucional.

 

Foi a primeira menor atendida na história da cidade termelétrica com este fim, desde quando surgiu a intenção de “família acolhedora”, “família de apoio”, “família guardiã”, “família hospedeira”, entre outros nomes. Como modalidade formal, o acolhimento familiar surgiu na década de 1990, com a necessidade de evitar o encaminhamento de crianças e adolescentes a instituições públicas.

 

A ação foi possível em Capivari de Baixo após capacitação, ao longo de 2021, com moradores inscritos no agora Serviço de Família Acolhedora. A oficialização deste dia histórico ocorreu na sede da Secretaria, com a presença da titular da pasta, Samira Vargas Porto, a coordenadora do Serviço no município, Alessandra Francioni Silva, a psicóloga e coordenadora do Abrigo Institucional, Tatiana da Silva Fernandes, a assistente social Mariela Elias Pereira e a protagonista do dia, a moradora do Centro, Fabrícia Martins da Silveira, que agora fica como responsável direta pela adolescente acolhida.

 

“Tenho uma filha de 16 anos e um filho de 5. Recebemos esta nova integrante do nosso lar com muita alegria e amor. Foi um desafio, ainda mais que não sou casada, mas tive – e sigo tendo – muito apoio da equipe responsável, além de orientação técnica da Secretaria. Sou grata por este dia, por tê-la em minha casa, por poder ajudar, por fazer meu papel de cidadã. Espero que eu possa ser um espelho para que outras famílias também possam abrir suas portas para quem precisa de um abraço”, indica Fabrícia.

 

Hoje, o Abrigo Institucional capivariense ainda tem seis crianças e adolescentes residindo no local, que funciona 24 horas por dia o ano todo. Geralmente, este público sofreu algum trauma familiar, algum tipo de abuso ou até mesmo perderam seus pais e/ou responsáveis, e é obrigação do Estado (no caso da Prefeitura) dar suporte, moradia, alimentação, atendimento técnico, educação e tentar viabilizar um lar, como foi o caso.

 

“Quero agradecer infinitamente ao prefeito Dr. Vicente (Corrêa Costa) pelo apoio ao Serviço da Família Acolhedora desde o início do ano e também aos profissionais da Secretaria envolvidos. São todos empenhados e executam seus serviços com o máximo de amor envolvido. Esperamos que o exemplo dado pela Fabrícia possa se estender a outros lares capivarienses e um dia, todas as crianças e adolescentes referenciados no abrigo estejam acolhidos. O lar é temporário, mas o amor é para sempre”, enaltece Samira.

 

Condições para ser família de acolhimento

1. Ter idade superior a 25 anos;

2. Não ser candidato à adoção;

3. Ter condições de saúde física e mental, comprovadas mediante declaração médica;

4. Ter uma habitação adequada com condições de higiene e segurança para o acolhimento de crianças e jovens.

  

Quanto recebe uma família acolhedora?

As famílias acolhedoras selecionadas recebem uma bolsa no valor de um salário mínimo, para ajudar nos custos com alimentação e outras despesas. Em caso de acolhimento de crianças e adolescentes com necessidades especiais, doenças graves, transtornos mentais, devidamente comprovadas por meio de laudo médico, o valor mensal deverá ser ampliado em 25% do valor. Se for acolhido um grupo de irmãos, a bolsa-auxílio (R$ 1,1 mil) também será concedida uma por criança e adolescente.