Município apresenta proposta alternativa de tráfego nas marginais da BR-101
Buscando soluções que amenizem os impactos causados pelas mudanças de sentido nas marginais da BR-101, no trecho que corta Capivari de Baixo, a administração municipal apresentou na manhã desta quinta-feira (10) duas propostas alternativas de tráfego naquela região a empresários e lideranças comunitárias dos bairros afetados, reunidos no gabinete da prefeita Márcia Roberg Cargnin.
No encontro, a chefe do executivo municipal apresentou as propostas elaboradas pela Coordenadoria de Planejamento Urbano e do Meio Ambiente. Em breve as propostas serão encaminhadas à CCR Via Costeira, concessionária que administra o trecho Sul da rodovia.
Há cerca de 20 dias, a empresa mudou os sentidos das vias laterais de mão dupla para único entre os viadutos do acesso principal e do bairro Vila Flor. Desde então, moradores, empresários e motoristas têm reclamado dos diversos transtornos sociais e econômicos causados pelas alterações.
A primeira alternativa – de caráter emergencial e provisório – é que um trecho de cerca de 550 metros na marginal da BR-101, entre o viaduto de acesso principal e a primeira entrada da Ilhotinha , seja de mão inglesa, ou seja, volte a ser de sentido duplo. O objetivo, neste primeiro momento, é facilitar o acesso ao bairro e a logística de empresas instaladas no entorno.
Essa mudança atende a um pedido encampado pela Pastoral Afro Família de Capivari de Baixo, que representa as comunidades quilombolas e moradores das localidades de Ilhotinha e Cachoerinha. Eles pedem urgência na aceitação da proposta diante das dificuldades de locomoção e acesso impostas pelas mudanças feitas pela CCR Via Costeira.
A segunda alternativa é um projeto a longo prazo, que consiste na abertura de um novo acesso a Ilhotinha a partir do viaduto principal da cidade. A estrada teria cerca de um quilômetro de extensão. Para isso, seria necessária a desapropriação de quatro terrenos e obras de infraestrutura. Em um primeiro momento, a via seria de terra até que o Município viabilizasse a pavimentação.
Durante o encontro desta quinta, moradores e empresários voltaram a relatar as inúmeras dificuldades que vêm enfrentando. A prefeita Márcia afirmou que vai se empenhar em buscar soluções junto aos órgãos competentes. Entretanto, cabe ressaltar, que a rodovia é de âmbito federal e cabe a essa instância as decisões finais.
A CCR Via Costeira afirma que as mudanças estão previstas no contrato de concessão e que a empresa precisa cumprir um cronograma sob supervisão da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). No entanto, durante reunião com a administração municipal no último dia 2 de agosto, a concessionária ficou de analisar propostas que venham a ser apresentadas e submeter ao órgão.