Mês da Consciência Negra: morte por demência é maior em pessoas negras

Encerrando o mês da Consciência Negra, vale lembrar uma pesquisa realizada pelas universidades federais de Pelotas (UFPel) e do Rio Grande do Sul (UFRGS), em parceria com a Universidade de Queensland, na Austrália, a qual constatou que a  mortalidade de pacientes negros com demência no Brasil registrou um crescimento  nos últimos anos. Entre os anos de 2019 e 2020, O aumento foi de 65%. Entre os pardos, o aumento foi de 43%. Em comparação, no mesmo período, os pacientes brancos apresentaram uma redução de 9%.

O médico psiquiatra Cleberson José Garcia, morador de Capivari de Baixo, explica que há quatro tipos de insanidade e nos negros há incidência é maior de demência vascular. “Como o negro possui uma pressão mais alta que o branco, isso pode causar a falta de circulação cerebral. Assim, pode ocorrer atrofia cerebral e causando demência. A prevalência maior são a idade e o local”, observa.


Conforme os pesquisadores, os resultados reforçam a disparidade no acesso da população negra ao Sistema Único de Saúde (SUS) e a necessidade de ações para aumentar o direito à saúde. O Brasil é o segundo país em prevalência de casos de pacientes com demência, como o Alzheimer.


A demência é uma das enfermidades mais comuns que afetam o sistema cognitivo. É uma síndrome, um conjunto de sinais e sintomas, devido à perda de funções cognitivas, que levam à alteração da memória, do pensamento, da linguagem e do comportamento da pessoa. É uma doença progressiva, provocada por morte de células cerebrais. A demência mais comum é a Doença de Alzheimer. Em geral ela é mais frequente em pessoas idosas, porém têm aumentado os casos de demência precoce, em pessoas com idade inferior a 60 anos.


Os principais sintomas da demência são problemas para completar tarefas que antes eram fáceis, dificuldades para resolver os problemas, mudanças no humor, isolamento, dificuldade para se comunicar (escrita e fala) e fazer confusão em relação a lugares e pessoas, entre outros. Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor é a resposta aos tratamentos existentes.

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