Mais de 400 quilos de resíduos eletrônicos são recolhidos

Cerca de 400 quilos de resíduos eletroeletrônicos e 40 quilos de pilhas/baterias foram recolhidos nesta terça-feira (19), no ponto de consolidação de logística reversa, no ginásio municipal Juan Manoel dos Santos, no Centro, em Capivari de Baixo. O trabalho foi realizado pelos gestores do Instituto do Meio Ambiente (IMA).


A rota de consolidação dos pontos do Programa Penso Logo Destino ocorreu em Capivari de Baixo e também em Paulo Lopes, Gravatal e Rio Fortuna. O Programa Logo Destino é desenvolvido pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), e tem abrangência estadual. “Cada coordenadoria faz um trabalho regionalizado e pontual. O programa está em expansão. Cada categoria de resíduo tem uma destinação ambientalmente adequada. Há um tratamento específico. Capivari é caracterizado como um ponto de coleta para as cidades menores”, explica o coordenador regional do programa, Bruno Sodré.


A preocupação da administração municipal, com o recolhimento deste tipo de resíduo, se deve principalmente ao seu potencial poluidor, já que estes equipamentos são fabricados com metais pesados altamente tóxicos, que em contato com o solo contaminam as águas subterrâneas e se queimados poluem o ar e podem causar doenças graves. Além de causarem danos ao meio ambiente e prejuízos econômicos, podem servir de local para proliferação de vetores de doenças como Dengue, Zika, Leptospirose e Chikungunya.


Atualmente, as cinco escolas municipais e os nove CEIs são Pontos de Entrega Voluntária (PEV) de pilhas e baterias. Além delas, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), a Vigilância em Saúde (Centro II) e o Pronto Atendimento também são PEVs. O Ginásio Municipal Juan Manoel dos Santos e a Central de Atendimento ao Cidadão são PEVs de eletroeletrônicos, pilhas e baterias.


A correta disposição dos resíduos sólidos é um tema que gera amplas discussões e mobiliza os Estados brasileiros em busca de alternativas desde a criação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei nº 12.305/2010. Os produtos sem uso não podem ser colocados no lixo comum. O perigo no descarte errado desses objetos está na poluição que podem gerar ao meio ambiente. Além disso, podem ocasionar acidentes durante o manuseio pelos coletores.


O Brasil é o quinto maior gerador desse resíduo no mundo. Mesmo assim, muita gente ainda não sabe o que é esse tipo de resíduo e como ele deve ser descartado para evitar danos ao meio ambiente e à saúde humana. As informações são da pesquisa Resíduos eletrônicos no Brasil, em 2021, divulgada pela Green Eletron, gestora sem fins lucrativos de logística reversa de eletroeletrônicos e pilhas. O estudo foi conduzido pela Radar Pesquisas.  As empresas devem, gradualmente, até 2025, instalar PEVs nas 400 maiores cidades do Brasil e coletar e destinar o equivalente em peso a 17% dos produtos colocados no mercado em 2018, ano definido como base.