Dezembro vermelho: conheça a prevenção combinada e saiba como se prevenir contra o HIV e outras ISTs
Instituída no Brasil pela Lei nº 13.504/2017, a campanha Dezembro Vermelho tem como objetivo gerar mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis). A ação chama a atenção para a prevenção, à assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV.
Recentemente, a Secretaria da Saúde de Capivari de Baixo, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), colocou à disposição da população as estratégias e tecnologias mais avançadas para a prevenção da infecção pelo vírus, como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). Além de ampliar o acesso ao diagnóstico precoce e ações específicas para populações-chave para resposta ao HIV.
Conforme o médico infectologista Péricles Spártalis Júnior, o Prep é uma ferramenta adicional de proteção e prevenção a um determinado grupo que tem maior risco à disposição ao HIV. “Nestes casos são contempladas pessoas de 15 a 45 anos, com várias estratégias combinadas, dentre elas, a testagem sempre que forem avaliadas, vacinas para Hepatite A, quando indicado, HPV entre outras. E o tratamento delas quando identificadas. Essa pessoa receberá uma medicação, por meio do SUS, que vai prevenir e proteger em relação ao vírus do HIV. Há duas formas de uso, uma contínua e outra sob demanda”, explica.
O Dezembro Vermelha objetiva, ainda, conscientizar a todos a respeito das Infecções Sexualmente Transmissíveis, doenças causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de preservativo masculino ou feminino, com uma pessoa que esteja infectada. O tratamento das pessoas com IST melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções. O atendimento, o diagnóstico e o tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS.
Ele destaca que há um consenso mundial que quanto maior a precocidade identificar a infecção pelo vírus do HIV/Aids, que são condições diferentes, melhor o benefício quanto a progressão de doença e risco de transmissibilidade. “Vale lembrar que a pessoa que toma a medicação de forma correta, onde tem como controle do vírus não detectável nos exames de sangue, ela transmite risco igual a zero de transmissão. Conseguimos bloquear essa cadeia de transmissão desde que o indivíduo tome. Por isso, é importante a adesão para não progredir a doença e não haver transmissibilidade a terceiros”, observa.
A transmissão de uma IST pode ocorrer, também, verticalmente, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação, quando medidas de prevenção não são realizadas. De maneira menos comum, também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas. O uso do preservativo, masculino ou feminino, em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais) é o método mais eficaz para evitar a transmissão das ISTs, do HIV/Aids e das hepatites virais B e C.
No Brasil, 95% das pessoas em tratamento já atingiram o estágio de estarem indetectáveis, estado em que a pessoa não transmite o vírus e consegue manter a qualidade de vida sem manifestar os sintomas da Aids. Essa conquista se deve ao fortalecimento das ações do Ministério da Saúde para ampliar a oferta do melhor tratamento disponível para o HIV, com a incorporação de medicamentos de primeira linha para tratar os pacientes.
Foto-Ricardo Torres
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